22.9.13

depois do porre

passei mais de doze meses evitando um copo cheio pra evitar o pós-porre. e fiz isso porque me lamentar pelo não feito fazia muito mais sentido na companhia da lucidez. mal feito, feito. não teve ressaca alcoólica, mas teve ressaca moral. arrependimento de ter usado a velha máxima da "bebida entra e a verdade sai" pra finalmente começar a refletir sobre uma outra história também já conhecida. talvez o amor não seja por alguém ou pelos momentos que tivemos. talvez o amor seja pela sensação de resgatar algo que eu gostaria de ter. mas e daí? e daí que as coisas mudam e eu não sei exatamente quanto foi, mas ficou pra trás. a única coisa que voltou foi a ressaca moral de preferir a morte à sensação de ser algo bem menor do que realmente sou. aquela mesma sensação de quando eu estive em frente ao "você ainda quer um pós-love?".  ver que o tempo passou pra mim e pra você não é tão ruim quanto ver que o tempo passou pra nós. doeu ver que, mais uma vez, como lá no começo, eu era uma das opções e nada mais que isso. doeu ver que enquanto vc me mandava mensagens carnais as sentimentais estavam naquele status de relacionamento voltando a aparecer no perfil dela. só sei que embora ainda esteja doendo, me vejo muito mais serena em retornar o meu olhar pra frente, em recobrar a razão e te deixar ir tanto quanto me deixar também. não dá mais pra insistir em ficar dizendo que você é e foi o grande amor da minha vida enquanto eu fui só a parceira sexual mais marcante. o bom de tudo isso é ter reparado em todos os erros e estar ciente de cada um deles, e mesmo que  tentando não seja possível mudar tudo com vc, talvez eu já esteja pronta pra começar de novo com outro alguém, fazendo tudo certo. ir e deixar ir, vamos?!

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