31.7.09

sou uma gota d'água

é muito normal que as pessoas desistam de quem já desistiu. não digo de desistir uma das outras, no sentindo mais recíproco que possa existir. digo daquele abandono de história construída junto, quando só uma das partes fica com tudo porque resolveu sair catando desesperadamente versos perdidos e depois guardá-los num lugar onde pretende torná-los resguardados, sem que a outra parte possa fazê-los declinar ainda mais.
no fundo eu sei que estou citando entrelinhas sobre aqueles meus sabores perdidos. as minhas amizades quebradas quando eu resolvi desistir de estar aqui todos os dias, as minhas esperanças mudas quando eu dei o meu último grito. talvez eu já compreenda os seus silêncios.
eu gostaria de estar escrevendo isso e chorando, pelo menos pra demonstrar o tamanho da minha dor ao ter que admitir minhas maiores verdades. mas eu já não consigo, não mesmo (por mais exagerado que isso pareça). eu gostaria de estar apenas exagerando. não estou, talvez tenhamos exagerado juntos. sexta não é um bom dia da semana pra refletir sobre as desvairagens da vida. essa aí deveria ter nos unido e nos tornado um só. eu e vocês todos, um só! talvez haja mais significado no que digo do que eu gostaria de dizer. eu nem me importaria de ver o que vejo hoje, a nossa história duplicada com uma outra pessoa, a nossa história findada e as suas com reticências infinitas. talvez eu já compreenda os seus silêncios, mas eu não gostaria. não mesmo...
desculpa, mas não quero mais escutar faroeste caboclo. você sempre soube que eu preferia ouvir e acreditar que "é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã".

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