26.9.07

talvez eu queira

às vezes a minha luz é a sua escuridão, pode ser que o seu caminho seja a minha perdição. talvez a sua solidão seja a minha solidão. mas talvez hoje eu queira estar sozinha. é difícil, e até constrangedor, tentar falar muito sendo alguém que preza a brevidade. mas é necessário, às vezes, que permaneça claro que há por aqui grande adoração por longividade. e é disso que pretendia falar ao começar a escrever. longividade não de extensão, mas talvez sim. parece assombroso falar de fim, eu particularmente não gosto, mas é também bastante necessário. por que? porque tudo tem um fim, as pessoas desistem, os finais felizes atencipam ou abstraem-se. é normal. há pouco descobri que há em mim, também, admiração pelo fim. além de necessidade. e os dias me são possíveis apenas quando consigo terminar os anteriores, no mais: se juntam e tomam forma de projetos frustrados e infindáveis. ainda bem que existem os fins, morrer todos os dias é o que me faz viver. talvez eu queira continuar assim.

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