29.10.07

sem muita vontade de muita coisa

só algumas.

queria uns dias menos tranquilos e mais certos. certos de certezas, de solidez e até rispidez.

agora parece que eu não sei mais usar, mas aprenderia fácil fácil se pudesse ter de novo ligações com direito a silêncios e sopros, ruidos e um esperar doído - que virava furor quando regado com um oi, mah, você tá ocupada? era bom pra pele e pros dias, fazia um bem danado mesmo que fossem escassos.. duas horas, uma vez ao mês, eram o meu descanso pesaroso (mesmo que meses se passassem sem um único oi daquela voz que metia medo e vontade).. o meu prazer e hoje é a minha saudade. saudade daqueles planos imaturos, mas que me faziam ter uma certeza imensa - quem sabe se verdade fossem .. talvez fossemos felizes, juntos e amigos sempre.

"mas você tem certeza?" (ele perguntava, umas mil vezes - a cada 5 minutos) .. "claro!" (eu respondia, 2 mil vezes - nos 5 mesmos minutos)

passaram-se uns felipes por mim - alguns pararam e fizeram muita coisa, tanta que nem sei mais onde guardar. há excessos de saudade em mim. saudade de um, em especial, que me fez sofrer junto.. que mentiu, e mesmo assim me fez gostar.. um gostar tão intenso e gostoso que me faria perdoar. menezes, muniz e um outro que eu nem sei se era felipe mesmo. ah, eu sou um poço de saudade que viraria um poço de perdão. tão reais e rápidos. foram-se.

ps: às vezes acho que os meus solilóquios não são tão sinceros, ensaio-os - por vezes.às vezes acho que sobra sinceridade, e isso acaba por me magoar. às vezes acho que viro outra pra suportar a insensatez, a sinceridade e o meu desapego.

3 comentários:

livia soares disse...

É assim mesmo, querida.
E me faz lembrar um conto de Lygia Fagundes Telles, chamado "Apenas Um Saxofone". Por que será? Não sei, ainda; quando descobrir, eu lhe escrevo.
Um abraço.

Natália Nunes disse...

ui, mudanças!
gosto do terror q elas me causam.

Carlos Henrique Leiros disse...

Figurinhaaaaa...
Depois de alguns dias de silêncio absoluto e apreensões quase que, volto ao solilóquio, que ora enverga um belo cenário plácido, de sobriedade, de encanto contido pelo infalível monocromatismo do branco.
Adorei, lógico!
São essas lufadas de novo ar, tão necessárias à nossa sobrevivência. Seus textos continuam certeiros como golpes de esgrima.
Esse estarrecimento tão seu diante de tudo. Do tudo!
Abraços.
Ch

 

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