31.3.10

intitulável

e depois de semanas tentando definir algo que não tem definição, de passar pelo largo do encantamento, da devoção e da ilusão, voltamos à estaca zero. e essa conclusão tão nula não preenche nem mesmo o vão dos solilóquios. é claro que eu continuo usando de muito exagero com as coisas do dia-a-dia, e tentando fazer essas dores incessáveis parecerem mais leves. talvez tenha sido por isso a minha decisão em trocar as últimas duas décadas por simples "semanas". o meu discurso vai continuar prolixo, porque assim o sou. porque eu realmente ainda me sinto perdida e não saberia expressar isso de outra forma, puramente concisa. existe algum dicionário que me explique porque findamos as coisas que mais nos são importantes? que explique porque isso acontece sem que sequer percebamos?

2 comentários:

Manu disse...

Boa pergunta. Quem me dera saber respondê-la. Mas acredito que uma possível explicação seja: o medo de perder aquilo que mais amamos faz com que erremos ainda mais a cada tentativa desesperada de acertar, a cada tentativa desesperada de demonstrar o quanto desejamos para não perder. É isso que acaba afastando o ser ou o objeto de adoração.

João Romova disse...

Não, não existe.

Por isso andamos assim, nos agarrando às palavras, fúteis ou raras, para tentar dizer que elas são os nossos limites. Andamos e dançamos entre elas, sendo tudo e sendo nenhuma delas.

Viver é mistério. Nem sequer sabemos como acontece tudo isso...

(Obrigado, Thiago, por me indicar isso aqui!)

 

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