1.10.07

a dor da perda

se tem uma dor a qual me arremeto é a da perda. ela bate e fica. da dor da perda daquelas mil sensações que eu tinha enquanto sentia dor. a dor de pensar em quem eu fazia sofrer enquanto sofria. a dor de não saber o que fazer pra não fazer sofrer. é uma dor que fica e não passa. não passa e se mistura com a dor de não saber o que é pior, com a dor de ter caido no esquecimento. mas um dia, seja lá quando for, vai ser só dor e vou olhar de longe para ela, como quem não faz nem idéia do que seja. e o esquecimento vai se afogar nas próprias águas. e vai ser só dor, a dor do esquecimento - de novo.

4 comentários:

Carlos Henrique Leiros disse...

Falando de dores cíclicas...
Daquelas mesmo que não chegamos a buscar, com nosso propósitos, mas que esbarram em nós [talvez nos procurem, quem sabe!].
O ideal, contudo, é saber que do outro lado da moeda, opõe-se o prazer das coisas mínimas, muitas vezes corriqueiras, mas que fazem o ato de viver valer a pena.
Sempre é bom passar por aqui, figura.
Um abraço.
Ch

livia soares disse...

Olá, Marcella...
Gosto das tuas anotações sobre o "desconcerto do mundo" (vc não usou essa expressão, ela remonta a Camões e me veio agora, lendo a sua postagem). Por que é tão triste perder aquilo que, a rigor, nunca foi nosso? Vou pensar sobre isso e depois te digo...
Um abraço.

Rosana Tibúrcio disse...

Pouquíssmas são as perdas boas, mas há.
Perder um relacionamento ruim, por exemplo, é uma delas...
Creia que isso é bom.

Anônimo disse...

Eu não sei qual é melhor: Esquecimento-real ou o Esquecimento-indiferença?

 

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