30.10.10

auto-entrevista

e estamos antipáticas às funções, uma da outra. às vezes nos tornamos mais que duas, que na verdade é só uma fazendo pressão para saber o que realmente se passa nas entrelinhas dos próprios pensamentos - por vezes indecifráveis.  e nos arranhamos verbalmente, e nos estranhamos inutilmente. e pergunto se é esse o caminho pelo qual realmente sempre sonhou atravessar, e ela não sabe exatamente responder. se empolga com a própria ansiedade para falar e se empola com a ausência do que falar. e ela me pergunta se isto é realmente o que eu gostaria de saber, e me enrolo nas minhas próprias dúvidas. afinal, parecer concrezitado não quer dizer que isso seja fato. esse manto colorido pode ser, a qualquer momento, desmanchado. achar que o companheiro é absolutamente maravilhoso porque faz tudo o que ela quer é só mais uma desculpa para não chegar até a única resposta correta para todas essas perguntas internas e eternas: não, não.

1 comentários:

gabi disse...

são um tanto difíceis as batalhas que travamos com nós mesmos :s

 

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