Só queria te dizer que eu tremi de novo. Quando te disse vem e você disse: tô indo. Foram os 5 minutos mais estranhos da minha vida, tremi toda. Mas quando você chegou, foram os 40 minutos mais familiares. Aquela voz, aquelas mesmas brincadeiras, o seu lado da cama ainda está lá. Não sei qual é, mas é o mesmo. Todo o tempo, milhares de dias entre nós e aqueles míseros minutos sustentando o peso de algo que tá erguido em nome de um sentimento que não sei definir. Tantas definições que a vida nos exigiu, tantas consequências sendo enfrentadas. Nada mudou, a vida continua a mesma, cada um no seu caminho. Nada mudou, você sabe ainda o caminho do meu coração. E eu sei de cor o caminho que risquei numa folha qualquer, a mesma folha que rasguei e deixei o fogo queimar. Eu tremi te esperando chegar, e tremi depois que você foi embora também.
30.10.15
19.6.15
as voltas do mundo e o endereço fixo do coração
junto com o arrastar dos ponteiros do relógio se vão trocentas coisas. milhões de acontecimentos, finais e começos. vidas que nascem, terminam e se afastam. você passa a ter uma nova perspectiva, de alguma forma a prosperidade vem. de alguma outra forma você simplesmente encontra um porto seguro, um lugar onde mergulhar sua âncora e permanecer na mais tranquila serenidade. tudo muda, endereço, telefone, estado civil, a paternidade, o diploma, o salário, as pessoas. tudo muda, exceto o seu coração. mesmo que você, ou eu, tenha encontrado qualquer novo endereço pra vida, o coração não mudou de endereço. permanece fixo no mesmo lugar, cheio de cicatrizes. e mesmo que a vida esteja correndo num turbilhão de novos acontecimentos, não tem um dia sequer que você passe sem se lembrar do velho endereço do seu coração. todos os dias você toma uma pequena dose do veneno do passado. todos os dias olha os mesmos olhos pelas fotos de uma rede social. todos os dias eu digo baixinho: crazy, te amo!
28.10.14
planos com as memórias
30.5.14
longe de mim
longe de mim querer justificar qualquer felicidade, ou a falta dela. graças ao bom senso consigo ainda observar com compreensão a felicidade daquilo que não me inclui. mesmo que as palavras e o sentimento já tenham sido um dia, ou há poucos dias, o contrário. pena a compreensão ser tão longe da serenidade do entendimento. porque não adianta, dói. e é uma dor lacerante porque os ouvidos se comunicam muito bem com o coração, porque a cabeça custa a entender contrariamente aquilo que chegou aos ouvidos. porque a sinceridade não é feia, mesmo que magoe. é necessária.
16.3.14
ora, são: [c]oração.
23.12.13
talvez o amor seja isso
talvez amor seja mesmo isso, essa eterna luta com o próprio sofrimento.. esse eterno esperar por algo que não tem o mesmo compromisso. talvez amar seja esse roer das horas sozinho, praguejando o destino por tanta coisa desfeita e mal feita, todas essas soluções prontas pra situação que sequer dependem da sua opinião. amar talvez seja esse amontoado de coisas suas esperando para serem resolvidas enquanto você pensa em resolver qualquer pequeno ou grande problema da pessoa amada. é escutar qualquer abrulho que pareça o seu barulho e ter-se de novo habitada por borboletas e prece. é ter 1001 motivos pra alimentar rancor e só conseguir alimentar esperanças. se doer por saber que a opção feita foi outra e não você e ainda assim continuar vendo em qualquer vento que sopra uma solução que faça o outro feliz, mesmo com a outra opção. triste descobrir o amor assim.
30.11.13
sabe o que é engraçado?
10.11.13
das lutas
você passa a vida toda tentando fazer o que é certo. luta contra a própria vontade de não fazer só o que parece certo pro mundo inteiro. mas aí chega aquela fase da vida em que, mesmo sabendo exatamente o que é certo, mesmo sabendo que o errado só poderia mesmo dar errado e que o errado está bem longe daquilo que sempre quis pra vc mesmo, começa a lutar contra a boa sensação que o errado um dia já proporcionou. e depois lutar contra a sensação ruim que o errado insiste em martelar. começa a lutar pra mostrar pro coração que aquilo que ele conhece como certo não o é, senão não o faria doer tanto assim.
14.10.13
das coisas que a gente aprende
Não importa o quanto você se arrependa, perdão nenhum é capaz de colocar as coisas no lugar. Não importa o quanto você queira ajudar uma pessoa, só ela é capaz de se ajudar, faz parte do processo de reconstrução fazer tudo sozinho. Não importa o quanto você queira fazer as coisas diferentes, sozinha você não pode, e muito menos poderá obrigar alguém a fazer diferente com você. Nada que um dia acabou pode recomeçar novamente, tem sempre uma ponte remendada fazendo tudo tremer. Não importa o quanto as palavras estejam prontas, talvez elas precisem não existir da boca pra fora. Não adianta você aceitar todas as condições da outra parte se já não existem mais condições capazes de colar tudo. Não adianta você dizer que aceita tudo que o outro quer se sabe que esse tudo só o vai levar ao fundo do poço que ele vai cavar depois do poço que ele achar que vai sair. Não adianta você mobilizar toda a coragem pra dizer que faria tudo pra ter tudo de novo, que faria tudo pra fazer tudo novo, que faria tudo pra ao menos vê-lo novo. Não adianta. Parece que o caminho esquecer tanto quanto se foi esquecido. Olhar pra frente sem olhar pra dentro. Só porque olhar pra dentro prende os pés e o sentido, não deixa ir adiante.
29.9.13
vontadinhas
22.9.13
depois do porre
passei mais de doze meses evitando um copo cheio pra evitar o pós-porre. e fiz isso porque me lamentar pelo não feito fazia muito mais sentido na companhia da lucidez. mal feito, feito. não teve ressaca alcoólica, mas teve ressaca moral. arrependimento de ter usado a velha máxima da "bebida entra e a verdade sai" pra finalmente começar a refletir sobre uma outra história também já conhecida. talvez o amor não seja por alguém ou pelos momentos que tivemos. talvez o amor seja pela sensação de resgatar algo que eu gostaria de ter. mas e daí? e daí que as coisas mudam e eu não sei exatamente quanto foi, mas ficou pra trás. a única coisa que voltou foi a ressaca moral de preferir a morte à sensação de ser algo bem menor do que realmente sou. aquela mesma sensação de quando eu estive em frente ao "você ainda quer um pós-love?". ver que o tempo passou pra mim e pra você não é tão ruim quanto ver que o tempo passou pra nós. doeu ver que, mais uma vez, como lá no começo, eu era uma das opções e nada mais que isso. doeu ver que enquanto vc me mandava mensagens carnais as sentimentais estavam naquele status de relacionamento voltando a aparecer no perfil dela. só sei que embora ainda esteja doendo, me vejo muito mais serena em retornar o meu olhar pra frente, em recobrar a razão e te deixar ir tanto quanto me deixar também. não dá mais pra insistir em ficar dizendo que você é e foi o grande amor da minha vida enquanto eu fui só a parceira sexual mais marcante. o bom de tudo isso é ter reparado em todos os erros e estar ciente de cada um deles, e mesmo que tentando não seja possível mudar tudo com vc, talvez eu já esteja pronta pra começar de novo com outro alguém, fazendo tudo certo. ir e deixar ir, vamos?!
4.9.13
qualquer cifra
24.8.13
conclusão
volta e meia leio sobre relacionamentos. leio e observo muito sobre. minhas experiências são todas contestáveis e se aplicam à maioria das coisas que leio, por mais contraditórias que sejam. talvez eu já tenha bagagem o suficiente pra me aventurar em escrever um manual do gênero. mas não me arrisco. aliás, sequer sei se gostaria de me arriscar novamente num relacionamento. cresci romanticamente boba o suficiente pra romantizar coisas sem futuro, e pra imaginar um "pra sempre" com um único alguém. não me lembro se li algumas cláusulas sobre as coisas ficarem mais bonitas, sobre ser necessariamente uma forma de se tornar alguém melhor.. mas hoje o coro tá mais firme, sabendo dos defeitos humanos que eu mesma tenho e humildemente assumindo que sou exigente demais, que sou chata demais pra outra pessoa suportar por muito tempo. meu ego, inclusive, não me suporta. mas ando assustadoramente descrente com a capacidade humana de se relacionar. me recuso a aceitar que esse monstro apelidado ciúme seja premissa de amor. é não, moço. em todos os discursos que vi sobre o tal amor a coisa era menos feia e mais recompensadora. esse fulano anda se alimentando de ausência, de vontades, de desrespeito, de falta de coragem, da não-reciprocidade.. tem nem um pingo de amor nisso aí. já tirei o rótulo, que certamente colocaram errado e tô numa batalha grande pros meus neurônios entenderem isso. tá doendo, moço. não quero mais ser sozinha não. não quero mais amar sozinha também não! talvez eu ainda não conheça o amor. me enganaram, moço.
é melhor mentir
as pessoas costumam achar que é melhor mentir, que é mais rápido e menos trabalhoso. e é verdade! mas não tem fim, é um ciclo vicioso e não existe saída gloriosa. nem a verdade é, porque ficam tantas migalhas, tantos rasgos. mentir não alivia sofrimento. mas me peguei pensando que pra certas lacerações não existe nada melhor que aquele remedinho que arde. encerrar ciclos nunca foi o meu forte. mas não quer dizer que eu não saiba fazer. talvez seja a hora da minha mentira, acreditar que é chegada a hora. quem sabe vire verdade. é chegada a hora. tchau e bênção. crazy, encontre outra música e um espaço pra nova tatuagem da suas novas histórias de amor. a tecnologia já remove tatuagens, vou encontrar um meio de te remover de mim também.
21.8.13
tentativa 953
não é fácil deixar pra trás algo que foi muito bom. o que te envolve e foi ruim, ou muito ruim, eu já deixei. achei que abandonar a parte ruim seria mais difícil, porque teria que lidar cautelosamente com o peso da mágoa. mas não foi. milagrosamente tenho a impressão que a parte boa contribuiu consideravelmente para que isso ocorresse. passou e eu já te disse isso, acho que já deixei perfeitamente claro que toda e qualquer lembrança que tenho destrava um sorriso leve na memória. mas é isso. tem doído demais te ver escolher o pior caminho. não que o melhor caminho seja o meu, mas vejo que eu não entraria nas escolhas que você tem insistido, nem pela sua vontade e nem pela minha. discernimento há, tempo pra entender houve, maturidade passou da hora. só posso concluir que você sabe exatamente o que tem feito e o que vai ser da sua vida desse jeito. tenho desacreditado de todas as mudanças. tenho começado a entender que não ter dito sim quando me foi pedido tenha sido covarde, mas a coisa certa a se fazer. no meu relógio bate agora a hora de te deixar viver à própria luz e à própria sombra. mas continuo sentido imensamente por tudo isso. cta.
20.8.13
reler, de trás pra frente a mesma coisa.
parece falta de ar, parece uma viagem súbita e regressora. mas ao mesmo tempo, percebe que a sensação é maior, mais funda, nem tão rápida. revive nos pêlos sobre a pele a fé que sentia naquelas palavras, simples e nem tão bem escritas mas de dentro, do peito.
30.7.13
acredito
eu acredito no amor. acredito que as pessoas se amem e acredito que esse amor pode perfeitamente ser mútuo. acredito no amor da novela, no amor que a minha vizinha sente pelo namorado que tem outras duas namoradas. acredito inclusive que ele nutra algo mais do que amor próprio. mas infelizmente acredito também que a maioria das pessoas ainda não acertaram os ponteiros, ainda não conseguiram sincronizar a hora de se amarem. e lamento, lamento profundamente que o sentimento transborde atrasado, que haja tempo pra encaixar um monte de outras histórias no meio de algo que, se percebe de longe, é verdadeiro. lamento que o sentimento não possa se unir no momento exato para ambas as partes.
e se andar pra frente pode nos levar a lugar nenhum, ficar parada só leva ao pretérito imperfeito, às vezes mais que perfeito.
3.7.13
.
ela sempre desviou qualquer trajeto, qualquer compromisso pra se encaixar naqueles braços feitos sobre medidas pra ela. nos únicos braços que cabiam todos os desejos e toda a calmaria que poderia encontrar no mundo. já até se distraiu em outros, mas nenhum outro par de mãos conseguia tocar seus cabelos da mesma forma, nenhum outro conseguia puxá - lá prum lugar tão seguro e fazê lá querer parar todos os relógios do mundo. e mais uma vez ela guardou no bolso toda a sensação que vinha sentindo há dias só pra poder se guardar nesses braços mais uma vez. e por segundos, talvez os mais rápidos e fundos segundos, soube de novo do que eram capazes aqueles braços. mas quando eles se passaram, uma voz lhe perguntou se seria ainda necessário um "pós-love". guardou de volta no bolso as moedas que um dia já foram a sua maior riqueza. sua fortuna estava no fim.
2.7.13
ainda
todos os dias, antes de dormir, ao acordar, e durante qualquer coisa que possa estar fazendo... ela sempre se pergunta porque as pessoas fazem as coisas tão difíceis, e não se conforma por não ser uma exceção. desde sempre acreditou que talvez pudesse ter algum "poder especial", achava que quando o peito doesse era só se concentrar e conseguiria mudar tudo. e ela faz exatamente isso todas as vezes em que ouve aquele barulho se distanciando, fecha os olhos e deseja com todas as forças que ele se aproxime, de novo. ela continua fazendo o mesmo pedido todas as vezes que usa o dado viciado. ela continua sem entender porque as pessoas que querem a mesma coisa não conseguem querer ao mesmo tempo. mas o barulho que se distancia ainda faz o coração disparar, mesmo que seja pra doer.
9.6.13
perder bem
3.6.13
Dói
Dói na entrada e na saída. Dói quando começa e quando termina. Acho que dói mais ainda quando você percebe que está acabando. Quando percebe que não tem mais graça se fazer presente, quando não interessa dar a atenção de antes. Quando a cada quatro palavras, 2 são ofensas, 1 é de mágoa, 1 de defesa e 1 vírgula é de pesar, de medo de confessar que aquilo que já foi um dia passou. Dói os dois ficarem procurando razão, e procurando a posse dela. Dói procurar um jeito de curar o que já está remediado. Dói querer as mãos nos cabelos e dividir o edredom no frio atípico da segunda feira, dói só ter uma mensagem recebida e não ver nela escrito que já está chegando. Ou já está acabando, a dor de entrar ou a dor de sair.
10.4.13
5.4.13
só mais uma submersão
tem hora que a gente cansa de lutar contra a correnteza. que afunda um pouquinho pra descansar e tentar entender que é preciso procurar de novo alguma forma de respirar tranquila. e durante essa submersão necessária vem também uma correnteza de memórias, uma correnteza interna que arrasta sentimentos e os mistura com a certeza do incerto. fica tentando entender porque o céu é azul, explicar a grande fúria do mundo. e entende que não há nem filhos pra tomar conta de você. é hora de voltar pra superfície, tentar respirar de novo, como se não houvesse amanhã.
9.1.13
porque doer sozinha nunca foi um hobbie, mas um talento. e acontece das formas mais inóspitas e às vezes nem tão sutis. dar adeus, a Deus, sempre me pesou um pouco mais. talvez pela pouca quantidade e pelo grande significado que as coisas costumam tomar pra mim. sabe quando você tem alguma coisa nas mãos e parece não ter sentido algum, seja qual for o ângulo pelo qual se observa, mas que na memória, ainda mais quando comparado a outra coisa, faz até estralo....e aí as interrogações do teclado somem, mas as da cabeça martelam sem parar..
10.12.12
querer pra sempre
6.11.12
o amor agora
amor não é aquilo que te conta uma mentira pra abrandar o desespero, amor não é aquilo que propõe algo que jamais terá coragem de fazer pra resolver momentaneamente alguma coisa, amor não é o passado que te bate à porta pra judiar com boas lembranças enquanto as ruins te fazem doer todos os dias e ainda o farão por muito tempo. amor não é o prevalecimento de uma vontade, é o consenso de que talvez nem tudo dará certo mas que ambas as partes estarão lá para não deixar que a corda se parta.
24.10.12
reafirmando
às vezes a gente nasce pra ser uma vírgula ou qualquer aspas que passa pela vida das pessoas e quase nunca são reparadas, às vezes simplesmente remanejadas. tem gente que nasce pra substituir os grandes pedaços que outras gentes deixaram, enquanto outras melhores ainda não chegaram. a gente insiste em ser a exclamação de alguém, em fazer a diferença em alguma coisa.. porque isso enfim vai fazer a diferença na nossa vida também. mas talvez não aconteça. tenho medo também de nunca mais encontrar quem susbtitua o espaço que deixaram em mim.
13.9.12
24 horas de azar
porque eu sou mulher e me coloco no direito infantil e ridículo de sentir coisas absolutamente opostas num curto espaço de tempo. na verdade isso era pra ser um questionamento e acabou se auto-respondendo. mas é incrível como a gente consegue trair as próprias convicções de uma vida toda, em algumas horas. amor-próprio, amor ao próximo, amor de amor, amar o amor. quero não. dá trabalho, dá preguiça, entedia, dá frio na barriga e aquece a alma. é uma droga! fiquei maravilhada naquela meia hora em que tive a mesma convicção de antes, aquela certeza de querer e precisar estar sozinha. e vou dormir revoltada de assim estar, de assim não querer. e vou, mais uma vez, usar as poucas horas de tentativa de sono que me afetam pra tentar fazer passar um pouco disso tudo, pra esquecer um pouco desse nada, que pra mim é muito denso. outra vez, 24 horas de azar, de tumulto interno.
30.6.12
dias de clarisse
a gente muda os caminhos, tenta mil e uma novas maneiras de se manter afastado daquilo que a gente realmente é. impossível, a maioria dirá. e eu concordarei. já são mais de 8.000 dias de clarisse.
25.5.12
ainda não
12.5.12
conta conta-gotas
1.5.12
órgão oco
"O coração é um órgão muscular oco que se localiza no meio do peito, sob o osso esterno, ligeiramente deslocado para a esquerda. Em uma pessoa adulta, tem o tamanho aproximado de um punho fechado e pesa cerca de 400 gramas. O coração humano, como o dos demais mamíferos, apresenta quatro cavidades: duas superiores, denominadas átrios (ou aurículas) e duas inferiores, denominadas ventrículos. O átrio direito comunica-se com o ventrículo direito através da válvula tricúspide. O átrio esquerdo, por sua vez, comunica-se com o ventrículo esquerdo através da válvula bicúspide ou mitral.A função das válvulas cardíacas é garantir que o sangue siga uma única direção, sempre dos átrios para os ventrículos." #wikipedianeversaves
não, eu não estou estudando anatomia. embora seja muito mais interessante e minha vida acadêmica estaria imensamente grata por isso. estou há HORAS lendo, relendo e tentando desenvolver um projeto de saúde pública e não tenho nem uma página de produção. mas PORRA, como assim saúde pública se a saúde do meu órgão oco se reduz a simplesmente estável. mas a parte boa de ser totalmente desprovida de uma capacidade de concentração é que agora eu entendo porque alguma coisa aqui dentro de mim soa um eco imenso (ou intenso). "o coração é um órgão muscular oco." OCO, minha gente. taí a minha explicação. não devo ser a primeira a ter vontade de inundá-lo com alguma coisa que o faça abandonar essa característica fisiológica e absolutamente psicológica. talvez aí resida também a explicão da minha irresponsabilidade com os sentimentos alheios: minha válvula mitral deve estar funcionamento muito bem, e o meu "sangue" só tem uma direção. parece que essa coisa que enche o peito da gente só chega até mim numa única direção e nunca sequer consegui ver a proporção inversa. "hoje eu queria alguma coisa que continuasse", mas quero alguma coisa que sai de mim e volte pra mim. é pedir muito? domingo é dia de clichês, bebê. [ops, hoje não é domingo (!) posso morrer, então? ou só continuar no caminho sem fim da saúde pública? SUS, wait for me.]
24.4.12
vontade de inchar o coração
10.4.12
estupidez humana
8.4.12
devoro, devoraria.
5.4.12
carência não tem originalidade. canta, caê!
depressão pré-aniversário
tem muito a ver com os ponteiros do relógio se movendo histericamente, mas tem muito mais a ver com um "não-pertencer". pelo menos comigo é assim. tantas coisas na vida já descentralizam as atenções para um dia que deveria significar alguma coisa, aí vem mais essa falta de amor-próprio e de amor dos outros pra me ajudar nessa incrível arte de querer fugir pra simplesmente não ser esquecida de ser lembrada. poderia muito haver um buraco no qual se enfiar num dia desses. eu já o teria utilizado 23 vezes.
31.3.12
sódádê
orkut pra mim é saudade. porque tudo que ficou demodé me traz saudade. pra mim nunca sai de moda e eu não tenho preconceito algum com isso, aliás meu sobrenome deve ser saudade. rever me faz reviver tantas coisas, milhares ruins e tantas outras boas sendo substituídas. coisas boas não devem ser susbtituídas, mas são e eu não sou ninguém pra impedir o progresso desse tipo de coisa, sou vítima também. cada palavra retoma seu peso enorme dentro de mim, incrível.
24.3.12
lucidez burra
tem coisa mais irritante do que dependência afetiva? esse "auto-compromisso" de ter em quê se apegar pra não despencar do barranco da realidade...e a gente passa a vida nessa ladainha nem tão constante, mesmo com centenas de clichês sobre amor próprio esfregados na cara todos os dias. ainda assim iludir-se é tão bom, cumpre direitinho o papel anestésico que nos propõe. mas aí, eis que os raros momentos de lucidez nos arrastam para o óbvio..e a gente escreve, anota, esconde em qualquer lugar fácil de achar, que não é assim que tem que ser. que outras doses de anestesia virão porque, hora ou outra, o suficiente já não satisfaz. até o próximo momento de lucidez a gente vai se iludindo, e esperando que a lucidez demore mais pra voltar. ou não.
4.3.12
de muitas coisas que precisam ser derramadas
numa nova jornada, que por pouco não se parece mais um daqueles seriados que me viciam e me prendem da cabeça aos pés, ouvi mais uma vez a frase: "por opção, não quero ter filhos". por mais indignação que isso possa atrair, confesso que vi uma doação incrivelmente linda por trás disso. às vezes ter a opção é o sustento, às vezes o delírio dos que não têm por prática a decisão. qual o problema de uma pessoa pensar na dedicação a si própria? o problema é quando essa dedicação pára por aí. mas no caso acima citado foi em nome da doação ao saber, da prática deste saber em função do próximo. e tem coisa mais bonita que isso?
desde sempre sou a menina que prefere ficar sozinha, que nunca quis se casar ou ter filhos. que prefere o conhecimento à perda de tempo. nunca me vi com uma vida que eu já conheço de cor e salteado, assistindo de camarote. fiz o que pude, e o que não pude, para desviar meu caminho e quase o terminei antes da hora. e isso se fez pesado por muito, e muito, tempo. hoje pesa dum jeito diferente. interessante isso de atribuir valores absolutamente opostos às mesmas coisas.
e mesmo sabendo exatamente o que queria, vivi tantas outras coisas absolutamente opostas. cavei o meu poço infinito, me distraí com as luzes alheias, me diverti com elas também. envolvi muito de mim nisso, e não me arrependo. não me arrependo simplesmente porque isso me trouxe de volta o foco do qual eu precisava, porque mais do que nunca me trouxe, literalmente, de volta à vida. e por mais que eu morra todos os dias, não morro aos poucos, a minha intensidade não me permite. viajo pelos meus próprios extremos, e vivo nesse loop eterno de vida e morte, e vida novamente.
embora não esteja provida de opções, não tenho me sentido exatamente frustrada. e o que antes parecia se destoar tanto de um propósito de vida, hoje faz claramente todo o sentido. continuo a "menina" que prefere ficar sozinha, que nunca quis se casar ou ter filhos. mas sou também aquela que se doa até se sentir esgotada, que se desgasta por isso mas que insiste na doação e se sente feliz, apesar de tudo, por ser assim. e, involuntariamente, me percebi alguém que precisa sim de um pouco da normalidade da vida. que precisa ter o coração massageado de vez em quando pra saber que ele ainda existe e que apesar de doado, bate só em mim.
sabe essa visão embaçada de quem precisa de uns detalhes pra se distrair enquanto busca o que realmente quer? necessidade de se distrair, de fazer ficar mais leve. mas às vezes a gente se dristrai muito, mais do que o necessário, e começa a doer...
23.1.12
pertinência
16.1.12
sentimento não tem hora
11.1.12
pessoas instantâneas
18.12.11
aham, era mentira.
às vezes tem coisas que a gente gostaria de dizer, mas não sabe como e muito menos pra quem. às vezes até tem destino certo, mas as palavras ficam sambando só no pensamento e sequer chegam perto de quem deveria ouví-las. às vezes essas palavras simplesmente morrem com a gente, junto com um monte de outras coisas que só acabam quando a gente também se acaba, por mais que a gente tente matá-las todos os dias. há certas coisas que nem o tempo pode resolver. no final das contas, sabe aquele papo de não querer confundir as coisas? era mentira! e a gente se faz mentir por tão pouco né? por negar certas coisas que realmente merecem ser negadas, que parecem pouco. no fim das contas, esse vai ser só mais um sentimento mal resolvido. mas eu realmente espero que a rotina estressante do pensamento seja presente na sua vida também. porque dividir tudo era muito, mas isso é merecido e não fica nas vagas palavras de alguém que perdeu. ficam nas suas também, porque foi você mesmo quem as disse. então vamos deixar essa história nada promissora no pensamento, no meu e no seu, como deve ser. mas era mentira.
14.11.11
don't you remember
31.10.11
desvio
30.10.11
tutorial da vida
sou ótima pra emprestar as minhas coisas. e para perdê-las também. porque de repente parece que elas adquirem vida própria e se revoltam contra mim e contra qualquer ser humano que as queiram também. emprestar suas coisas é um caminho sem volta, acredite.. embora eu ainda esteja me recusando a acreditar nisso. não empreste, JAMAIS, a sua boa vontade, porque ela vai junto também. sua gasolina, suas maquiagens, seu computador, suas roupas, seu condicionador, seu cartão de crédito, a última bolacha do seu pacote, isso tudo você até compra de volta. mas, baby, não empreste a sua paciência. ela vai sumir também e tá difícil encontrar mais por aí!
28.10.11
querer
23.10.11
n.d.a
fazer prova doente eu até encaro. tosse, febre, olhos ardendo e tudo mais. já passei por isso outras vezes, já perdi a concentração outras vezes por outros motivos. mas dessa vez, entre uma questão de matemática e outra, me peguei fazendo as contas de quanto tempo faz que eu não sentia a mesma sensação pertubadora. nda, nenhuma das respostas anteriores. ainda não achei o gabarito pra explicar essas coisas do coração. tinha outra coisa doendo, dentro de mim.
17.10.11
[des]espero
29.9.11
saudade dos meus 16
26.6.11
dos que já desistiram / você não soube me amar
18.5.11
espaço
3.5.11
receita: para perder o respeito
16.4.11
aprendendo com seriados
5.4.11
direitos informais
19.3.11
nossa culpa
3.3.11
where is the ...?
13.2.11
amontoado
10.2.11
quando
1.2.11
follow down
9.1.11
au revoir
2.1.11
direito
por que é tão simples ao não afetado perdoar? mais simples ainda seria responder a este questionamento. alguém poderia dizer que é porque não lhe custou as lágrimas, as dores ou a solidão inevitável das infinitas possibilidades do rompimento. é ano novo e eu seria apedrejada se dissesse que escolhi não perdoar. pois peguem suas munições, eu aceitaria perfeitamente esta escolha por simplesmente ter o direito sobre ela. embora não tenha sido exatamente isso, ressalto que tenho o direito de não perdoar.
25.12.10
doce
27.11.10
?
quero me afogar numa centena de livros, num apartamento inabitado, na minha vida descontrolada de sempre, com direitos escabrosos que se desencontram com qualquer política moral e só. é pedir demais? achar que tudo finalmente parece estar dando certo é só o começo da catástrofe. [continua]
3.11.10
ocupar
30.10.10
auto-entrevista
26.10.10
perdão
9.10.10
próximo!
7.10.10
sossego não
26.9.10
de qualquer forma
não gosto das formas nem da paciência necessária para a admiração, mas o conteúdo é indispensável:
É o Livro do Amor;
Li-o com toda a atenção:
Poucas folhas de alegrias,
De dores cadernos inteiros.
Apartamento faz uma seção.
Reencontro! um breve capítulo,
Fragmentário. Volumes de mágoas
Alongados de comentários,
Infinitos, sem medida.
Ó Nisami! — mas no fim
Achaste o justo caminho;
O insolúvel, quem o resolve?
Os amantes que tornam a encontrar-se.
22.8.10
that's alright, mama [?]
3.8.10
pra quê assumir?
28.6.10
conexão fail
1.6.10
só [eu] pareço
19.5.10
outra saudade [da outra]
4.5.10
pro inferno
30.4.10
doente [?]
24.4.10
de sábado, sozinha
17.4.10
eu, obviamente, não sei
8.4.10
inviável e invisível
7.4.10
comunicações telepáticas e simpáticas
31.3.10
intitulável
10.3.10
se eu me
9.3.10
o retrato do não saber
agarrei o meu cinza e quis me fazer engolir uma aquarela pela goela. já estive tantas vezes tendenciosa a vários extremos e quase me tornei parte da exceção. feias exceções. e quando decidi fazer parte do mundo e fiz todas as coisas normais de gente desvairadamente normal, afundei os joelhos na lama abissal da clareza inútil das coisas. e então adotei a relativização. sim, estou perdida. e sem medidas partidárias.
7.3.10
de novo amor
26.2.10
deixa eu te contar
21.2.10
solilóquios de insônia
20.2.10
meio de um fim
18.2.10
falhou
10.2.10
não, talvez.
23.1.10
vontade imensa de chover.
19.1.10
dez
14.1.10
hello stranger :)
e isso faz todo o sentido pra mim, principalmente levando em consideração todas as lambadas que ganhei dos conhecidos. porque quem a gente ama é mais complicado mesmo. porque conhecer uma pessoa te faz inversamente proporcional ao que você deseja receber em troca de alguma caridade, afeto ou em troca de nada - só receber.
12.1.10
mudei
28.12.09
dear new year
19.12.09
again
16.12.09
nada lírico
12.12.09
eu é que não
eu é que não cumpro os meus desejos. isso aí... eu não vou atrás das coisas que eu quero, que planejo, que gosto e tudo mais. deixo tudo pra quando a minha auto-estima estiver suficiente e isso nunca vai acontecer, portanto, eu vou sempre me ferrar, vou sempre ver as outras pessoas vivendo a minha vida ou pelo menos aquela que eu esperava viver. nem rola aquela inveja macabra de desejar que o bem sucedido se ferre, mas eu só não sei o que vai ser de mim se continuar assim. aliás, sei. e sei que não vai mudar. enfim, vou ter todos os dias da minha vida angustiantes e iguais aos da minha mãe. a diferença é que eu nem curto mais enxer a cara. ou talvez comece a curtir, pra esquecer os problemas, num ritmo diário bem frenético.
2.12.09
go on
Marcadores: dica
30.11.09
ao desavisado
26.11.09
não sei de quê
não sei se é saudade de você. porque eu nem sei realmente quem você é. sei que sinto uma falta estrondosa da sensação que você me fazia ter, das coisas que me ensinava, das fotos que gostava, das músicas que me mostrava, das palavras curtas e infinitas. eu tenho saudade de sentir isso de novo. e olha, você não é o primeiro. já disse isso mil vezes. houveram dois casos estranhos na minha vida, ou normais demais na minha vida estranha. vocês vieram, me cachoalharam, me fizeram sentir viva e teceram uma amizade que eu nem sei onde foi parar. às vezes eu acho que sinto saudade de uma grande mentira. porque vocês desvendaram uma grande mentira, se mostraram uma grande mentira... mas eu sinto saudade daquilo, de novo.
Marcadores: saudade
24.11.09
tudo o que eu gostaria de dizer pra alguém
olha, no momento [e sempre], todos os meus problemas se resumem em não saber o que fazer. falta de decisão, concisão e outros me corroem os nervos. durmo mal, sonho mal, fico acordada mal. reflexos, refluxos, recessos. desde sempre eu estudei pra estar numa faculdade pública e eu tinha um futuro promissor. de verdade, todo mundo esperava em mim e eu era a solução dos problemas socio-economicos e morais para a minha família. e aí, com o pé lá, nos sonhos de todo mundo pra mim, eu tropecei. me sujei toda de lama, e pronto. tá todo mundo lá na minha frente, e eu nem sei pra que rumo quero dar o primeiro passo. honestamente: EU NÃO SEI O QUE FAZER! sei que não gostaria de perpetuar a ignorância da minha família. só disso. lá pelo 3º ano do ensino médio eu mudei umas 4 vezes de tendência para o vestibular e acabei não fazendo isso. 3 anos depois eu continuo no mesmo buraco, com a mesma lama. ok, vou ser objetiva uma vez na vida. tenho duas opções: fazer algo que [acho que] sempre quis fazer (jornalismo) e apostar uma grana que não tenho nisso (vou tirar de onde? ser funcionária pública ganhando um salário mínimo por mês não dá, né?) ou me arriscar em fazer algo que não sei se quero fazer (administração) só por ser mais barato e comodo. o fato é que eu sonho muito com coisas que parecem impossíveis, mesmo sendo muitíssimo clichê tudo isso. na boa? eu acho que meu problema maior é não ter ninguém pra dividir isso.
quando é hora de dizer tchau (chateadinha 2)
20.11.09
to my family
Marcadores: família
chateadinha
com os olhos ardendo, a língua paralizada, a cabeça revirada e não sei mais o que pode descrever o meu estado de espírito neste momento. vou evitar "eu te amo" por alguns dias, vou pensar em tudo aquilo que já pensei e evitei por um bom tempo, vou refazer meus velhos planos. porque não tem jeito, e é só por isso que eu vou rever tudo de novo. porque é absolutamente inevitável. não quero nem dizer mais, pra não fazer essas palavras chaetarem e me chatear com a chateação alheia.
15.11.09
second time
é a segunda vez que escrevo aqui, hoje. é a terceira ou quarta vez que corro pra esse corredor imundo, mas que me deixa absolutamente a parte. é a trigésima vez que brigo pela mesma coisa e é a milésima vez que perco o meu celular. na verdade acho que tudo foi bem proposital, o acaso planejou tudo isso e fez virar real. o meu celular deveria mesmo ter se perdido pra evitar a tentação de uma reconciliação. o acaso deve estar ao meu lado na questão dessa repulsa [aposto que você já sentiu isso também, eu sou a pessoa que tem todos os sentimentos do mundo explodindo ao mesmo tempo e não dá pra se assustar por perceber isso hora ou outra lendo essas palavras mínguas e que poucos vão ler], tô falando em repelir gente amada simplesmente por não saber fazer o mesmo - ou pelo menos expressar. just record.
hide and seek
quando criança, não me lembro de ter tido nenhum lugar bom o suficiente pra se tornar o meu esconderijo. não tenho lembranças, portanto não deve ter havido esse lugar. só sei que eu era alguém muito diferente do que sou hoje, e bem longe dos estereótipos imaginados para a então fase que vivíamos todos. eu não cresci com nenhum amigo imaginário, com nenhuma brincadeira preferida, não gostava de brincar de bonecas, não tinha uma melhor amiga de infância, nem um bicho de estimação, nem essas coisas que você deve conhecer muito bem. e agora, sentada aqui nesse corredor, entre a casa do vizinho [que comemora com alto falantes o seu domingo de céu aberto] e a minha família fazendo a mesma coisa, com as pernas para cima, um cigarro na mão, um livro na outra, e o meu cachorro com a cabeça no meu colo esperando um afago, as coisas parecem bem diferentes. eu não pulei essa fase. chegou meio tarde pra mim, mas taí na minha vida, fazendo a maior diferença. talvez esse tenha sido o meu esconderijo da adolescência e que eu ainda busco, não raramente. e se antes era suficiente pra mim usar esse corredor pra jogar um colchão enquanto esperava a noite e a chuva cairem brandas sobre mim, hoje ainda me parece perfeitamente cabível.
Marcadores: infância
7.11.09
sutilmente manjado
Marcadores: música, sentimento
6.11.09
não pelos mortos
Marcadores: sentimento
4.11.09
ex
os problemas são os ex. pode apostar aí! pra mim "ex" vem de "exemplo" e isso realmente deveria ser levado em consideração. mas desde que alguém ou alguma coisa vira ex há pejorativismo reinando no ar. os problemas são os ex-namorados(as), porque nada vai ser novo com aquela pessoa que passa a fazer um sentido enorme pra você; os ex-amigos que podem ser um grande problema transformando completamente a palavra sucessora do ex num antônimo cruel ou só virar nostalgia pura; os ex-hábitos (isso existe? porque faz sentido pra mim); etc. no fundo eu acho que o grande problema mesmo são os ex-namorados(as) e quando eu conseguir conviver com isso posso montar num pedestal e considerar isso um ex-problema.
Marcadores: ex
30.10.09
desculpaê
oi, me desculpa se eu não tenho um pingo de doçura no meu olhar. desculpa se meus movimentos são grosseiros e eu não sei andar leve feito pluma, se eu não sei falar sem deixar dúvidas no ar, se os meus telefonemas são nas horas mais impróprias e a minha companhia não é tão memorável. desculpa ainda por falar pouco e ter hábitos que não gosto de dividir. sinto muito também por preferir silêncio ao invés do seu barulho musical, por não saber ver tv/ouvir som/ficar na internet e conversar ao mesmo tempo. tem também o fato de preferir sair a dois, ler sozinha, ficar brigando com a minha família e os demais etecéteras da minha vida. é que que eu ainda não decidi se quero fazer tudo isso aí e tenho medo de não continuar com meus hábitos normais demais.
Marcadores: desculpa
27.10.09
ridículo
21.10.09
com amor
olhavam-se todos os dias, às vezes com mais ternura e outras nem tanto. mas não deixavam de se ver, de se tocar e amar em silêncio. ela já dissera trilhões de coisas sobre o amor que sente pelas pessoas, sobre a forma estranha de manifestar isso e sobre não abrir mão de amar certas pessoas. tem o clichê + o improvável. amor de amigo e às vezes amor que não sabe explicar. achava que não, mas tinha vários sentimentos. às vezes iguais, apontando para diferentes corações. noutra noite sentiu algo diferente, e naquela hora pensou nunca ter sentido isso. era mais do que o prazer que lhe corria pelas pernas. pensou que talvez fosse a primeira vez que sentia aquilo, e essa sensação durou por dias. mas lembrou-se de que aquilo já lhe havia ocorrido, com alguém que agora já lhe tem o amor de amigo. mas não importa, foi amor com amor e isso não lhe sai da cabeça.
20.10.09
para[béns] você de 20/10 e de quebra pra você tbm, de 22/10.
fiquei procurando palavras pra lhe dizer hoje, que é igual uma única vez por ano. igual e diferente. pensei horas, e aí resolvi buscar inspiração nalguma coisa que eu disse em algum desses anos que se passaram desde que nos conhecemos amigavelmente. li quase 12.000 recados, revi histórias e gente suas e nossas. e olha, fazer um retrospecto desde 2006 não é fácil. o meu personagem virou telespectador e não foi nada fácil perceber isso. mas tudo bem. parabéns. felicidades. e eu queria muito que aquilo tudo voltasse novamente.
Marcadores: parabéns
18.10.09
clichê
nem grande atrás dele, nem pescoço, nem sustentação, nem empregada, nem serva sexual, nem nada. neste fim de semana vi milhares de definições válidas para a colocação de uma mulher ao lado de (já sabemos) um homem. mas andei pensando, com os cachos que eu não tenho, que aquela coisa que reluz no fim do túnel de um homem talvez não seja [a ilusão de] um grande amor. pode até ser, mas acredito mais nalguma coisa que sirva como esperança. sim, é isso aí, esperança. e se uma mulher significar realmente uma esperança, ela é essa coisa. já tive várias experiências observatórias, mas nenhuma delas me fez cair tão na real quanto observar a mudança de alguém que tá por perto. nem farra, nem mulher[es], nem chão de giz, talvez nem um amor tão grande assim... mas a esperança que esse possível amor trouxe. a possibilidade de fazer planos e se ocupar disso. aliás, sei muito bem o que é isso. sei fazer planos (e me ocupar expressivamente disso) mesmo sem saber se realmente quero cumprí-los. ok, fica aí a dica de que pra viver só se precisa de esperança. às vezes nem é preciso perder tempo buscando outros clichês para definir a vida, porque tá tudo explicado nessa fé... nessa ESPERANÇA.
Marcadores: clichê, observação, prolixo
humildade
naquele mesmo dia em que ele pediu esse sentimento de aniversário, provou o contrário e o fez manifestar em alguém em que não se previa.
Marcadores: sentimento